terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Azáfama, pejo, enleio, miscelânea. Dê à confusão o nome que lhe aprouver. Diferentes nomes para batizar aquilo que rodeia a mente e a vida de qualquer pensante. Tem azáfama que tira o fôlego quando as mãos se encostam e os olhares se encontram; pejo que aperta o peito quando não se decide pelo que fazer; enleio que enlaça os pensamentos e toma o tempo; miscelânea que vem à tona quando não se pode, não se quer, mas é preciso estar de algum lado do problema, confusão que me toma por inteiro. Me instiga o que assim me toma; se o faz, ou o permiti, ou não o pude controlar. Vasto como um dicionário, ou mesmo como um manicômio, se faz o conceito de confusão pra mim, visto tudo que sinto e vivo em sua companhia. Declaro-me, portanto, companheira da confusão. Não se dê ao luxo, porém, de conceituar-nos negativas. Somos relativas, assim como o tudo; o sempre; o nunca; o nada; o negativo; o positivo; o sim; o não; a solidão; a felicidade; a mente. Confusão que perturba e alegra, que tem razão de ser. Talvez com o passar dos anos, com o aprender, ela se torne menos constante, menos persistente. Afinal, outros serão jovens, e ela os fará companhia. Vou sentir saudade. (: